Laguna Brava em La Rioja – Argentina

28 de maio de 2013

Acordamos cedo e depois do café da manhã (mediano) seguimos
rumo a Laguna Brava, ao norte com a divisa da província de La Rioja com o Chile, no meio da Cordilheira dos Andes. Para se chegar até ela é necessário passar pelo Departamento Vinchina. Também por alí perto fica a Laguna Verde e a cratera do lindíssimo vulcão Corona del Inca, mais infelizmente só podem ser visitadas no verão.

 

 

 Guanaco nas baixas altitudes – cara preta
Vicunha nas altas altitudes – cara branca e lã mais apreciável
Um casal super simpático de
Buenos Aires  (Cristina e Eduardo) nos
acompanharam nessa aventura. A estrada até a Laguna Brava na minha opinião vale
muito mais a pena que a própria Laguna em si… Passamos por um cânion de
rochas quase formando um ângulo de 90° de coloração vermelha intensa linda.
Depois passamos por uns precipícios parecidos com aqueles do Peru, onde a neve cobria a estrada e a camionete da frente ia abrindo o caminho para nós. Em um trecho pensei que iríamos desistir, pois a camionete abre alas não conseguia passar. Mas o motorista de uma outra excursão ajudou a liberar o caminho com uma pá e conseguimos passar.
Indícios geológicos de vida pré-histórica por aqui…

 

 

 

 

A estrada que usamos era usada por gaúchos nos anos de 1864 a 1873, e pelo caminho há construções de refúgios da época. Esses gaúchos levavam gado vivo até o Chile e os abrigos eram as únicas áreas de descanso para a travessia.
Depois entramos num vale, já na Cordilheira dos Andes. Estava
muito frio e tudo estava nevado. LINDO! Pena que as fotos não conseguem
representar toda a beleza que vimos. Subimos um morro e lá em cima estava
-0,5°C, mas a sensação térmica era muito menor… Chegamos a 4457 m de altitude.

 

 

 

 Na laguna, os restos de um avião que tentou pouso de emergência a anos atrás.
Depois seguimos até uma das bordas da Laguna, passando pela mesma estrada que faz
o Paso Pircas Negras com o Chile. Há um refúgio que paramos onde foi encontrado anos atrás, depois do desgelo, o corpo de uma pessoa dentro dele. Essa pessoa não
identificada está enterrada sob pedras ao lado do refúgio.
Não vimos Flamingos pois eles ficam aqui só de setembro a
abril, depois eles migram para outras partes mais quentes. Vimos também a
carcaça de um avião que anos atrás precisou fazer um pouso de emergência e pensou que a laguna era um salar… Ficou atolado em 90 cm de água, profundidade máxima da laguna…

 

 

 

 Um dos vários refúgios para os gaúchos que faziam a travessia para o Chile no final do século XIX.
 Pequenos geisers na Laguna Brava (4200 m altitude)
 Restos mortais de algum viajante…
Quase nem conseguíamos sair do carro por causa do
vento e do frio… Mas de dentro do carro tiramos várias fotos e o Elio quando
tinha coragem, saía do carro e fotografava um pouco mais.
Retornamos a Villa Union e as paisagens que vimos na volta
estavam com uma iluminação diferente, nos dando outros ângulos lindos de fotos.

 

 

 

 

Saindo da área dos cânions há uma parada que tem várias
estrela de pedra no chão, de cores azuis, vermelhas e brancas. São as Estrelas Diaguitas de Vinchina. Construídas por índios a muitos anos e não se sabe ao certo a finalidade
delas. Acredita-se ser algum tipo de calendário ou local de cerimônias religiosas.

 

Voltamos ao hotel, fomos jantar um cabrito assado maravilhoso
em um restaurante e voltamos para descansar.

 

2 comentários sobre “Laguna Brava em La Rioja – Argentina

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