Travessia Salar de Uyuni Segundo Dia

28 de dezembro de 2017 – Uyuni Segundo Dia

Acordamos cedinho em Mallcu Villamar no alojamento que o pessoal da Skyline reservou para nós e depois do café da manhã seguimos mais um dia rumo ao Salar de Uyuni, passando por formações rochosas vulcânicas, Laguna Negra (ou Misteriosa), pelo Cânion Alota (ou Anaconda) e chegando finalmente no Hotel de Sal Magia do Salar.

Formações Rochosas Vulcânicas

Já tinha avistado  lindas formações rochosas logo atrás do nosso alojamento  e saindo de Mallcu Villamar entramos por uma estradinha à esquerda da principal e fomos até um local de rara beleza. São formações rochosas que segundo o guia tinham se formado a mais de 20 mil anos atrás, oriunda de um vulcão chamado Santa Rosa.


Curiosa e amante de vulcões que sou, fui atrás dessa informação e descobri que havia uma divergência nessa informação. Na verdade, não existe nenhum vulcão Santa Rosa na região. A única menção à ‘Santa Rosa’ se deve a uma das séries de erupções do Vulcão Ollagüe (o mesmo que contemplaríamos dias depois, ao subir o Vulcão Aucanquilcha, nosso primeiro 6 mil metros de altitude) a cerca de 100 km de Mallcu Villamar, que fica na divisa entre Chile e Bolívia. Esse vulcão teve 4 séries de erupções: a 1.230 anos atrás – série Vinta Loma; a 870 anos atrás – série Santa Rosa; a 410 anos atrás – série El Azufre e a 220 anos atrás – série Cecília.

Visualizando no mapa, pude observar que o derrame da série Santa Rosa fica muito distante de Mallcu Villamar. Então a informação do guia foi distorcida. Os únicos dois vulcões próximos às formações rochosas de Villamar são: Vulcão Ascotan (ou também conhecido como Del Jardin) a 70 km da região e que fica na fronteira entre Chile e Bolívia (última erupção a 11 mil anos atrás) e o Vulcão Chastcon – Runtu Jarita, plenamente em território Boliviano e última erupção a 100 mil anos atrás (45 km de distância). Acredito, comparando com as informações distorcidas do guia, que essas formações rochosas que visitamos seja oriunda do Vulcão Ascotan.


Visitamos primeiro a ‘Taça da Copa do Mundo’ e seus arredores. Fizemos uma caminhada de meia hora. Muito bonito.

Início da travessia Salar de Uyuni segundo dia

Taça da Copa do Mundo

 

Itália Perdida

Depois, ainda na mesma formação rochosa anterior, visitamos um local chamado ‘Itália Perdida’. O nome tem duas origens: a primeira diz que um grupo de italianos morou por ali algum tempo e depois foram embora sem deixar vestígios; e a segunda diz que como o local se parece com as ruas de Roma, com seus prédios baixos, levou esse nome. Realmente parece com as ruelas de Roma

Laguna Negra ou Misteriosa

Alguns quilômetros adiante o guia entrou em um vale e chegamos numa área de estacionamento. Dali seguimos a pé cerca de 10 minutos por um belo campo com llamas, passamos por dentro de um pequeno cânion e chegamos numa das lagunas mais lindas que já visitei: a Laguna Negra ou Misteriosa.

Ficamos ali por mais de 30 minutos apreciando a paisagem, as aves que viviam ali e desfrutando a brisa gostosa que chegava até nós.

Cânion Alota ou Anaconda

Quase 45 minutos depois de sair da Laguna Negra, o guia pegou um atalho à esquerda da estrada e subimos por quase 10 minutos de carro em uma espécie de parede de um cânion. Lá em cima ele nos explicou que visitaríamos um dos cânions mais bonitos da região: Cânion Alota ou Anaconda. E realmente ele estava certo. O cânion é espetacular. O nome Anaconda se deve ao formato do rio lá em baixo no vale, que dá muitas voltas, como se fosse mesmo uma cobra.

Almoço em Villa Alota

Paramos em um local onde o guia nos serviu um delicioso almoço. A sensação que tive é que quando o guia faz a comida (normalmente na hora do almoço) a comida é farta e gostosa. Já a comida oferecida pelos alojamentos é mais escassa e menos saborosa. Com qual guia fomos? Ariel! Excelente!

Julaca

Já no final da tarde chegamos em Julaca local onde há uma estação de trem abandonada, bares que vendem cervejas artesanais (de coca, cactos) e banheiros. Ficamos ali um bom tempo, já que o nosso guia estava flertando com a moça que cuida dos banheiros! É o amor! <3

Hotel de Sal: Magia do Salar

Chegamos no hotel de sal e fomos tomar banho. Bem limpo e organizado. Gostei muito. O jantar não foi tão farto, mas estava bem gostoso. Estávamos de frente ao salar. A noite foi bem gostosa e o único inconveniente é que acordei com 4 picadas de algum inseto na minha mão direita. Problema esse que me rendeu muita ‘dor de cabeça’ nos próximos dias. Aguarde os próximos relatos para entender esse história toda… 🙁

Tem vlog desse dia, confere aí:

Veja a aventura completa nesse menu:

Dia 1 – Pukara de Quitor

Dia 2 – Travessia Salar de Uyuni primeiro dia  Saindo de San Pedro de Atacama

Dia 3 – Travessia Salar de Uyuni segundo dia (esse post)

Dia 4 – Salar de Uyuni: alagado

Dia 5 – Piedras ojas e Lagunas Altiplanicas

Dia 6 – De bike no Valle de la Muerte em San Pedro de Atacama

Dia 7 – Vulcão Lascar 5.500m

Dia 8 – Base do Vulcão Aucanquilcha em Ollague

Dia 9 – Subindo o vulcão Aucanquilcha 6.177m

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