Rota Z Travessia Itumirim x Carrancas Dia 3

04 de março de 2018

Mapa do trajeto do trecho da Rota Z de hoje:

Acampamento Cachoeira do Galinheiro

Acordamos cedinho, tomamos nosso café da manhã e desmontamos o acampamento para seguir os 10 últimos quilômetros da Rota Z de hoje, até onde a van nos resgataria. O guia dessa expedição foi o Wladimir Loyola. Pegamos a trilha às 8 h da manhã e já logo na saída passamos por uma fazenda com vários cavalos soltos. Lindos! Depois seguimos entre eucaliptos, floresta nativa e estradas de servidão, entre propriedades particulares, até chegar a ‘Casinha da Montanha’.

 

Casinha da Montanha

Após o início de uma grande subida (a única do dia de hoje) chegamos a esta linda casa. Bem conservada, fogão a lenha e móveis antigos, é um refúgio ímpar nessa travessia. De sua varanda tem-se a vista de todo o trajeto que percorremos pela manhã. Bem próximo dali, fica uma cachoeira de acesso um pouco complicado, onde os proprietários construíram um deck de madeira, incrível !! A água é potável e se não estivéssemos com ‘pressa’ eu até tomaria um banho ali mesmo.

Depois dessa visão do paraíso, varamos mato para subir uma encosta bem íngreme, o trecho na minha opinião, o mais difícil de toda a travessia da Rota Z.

Uma das partes mais difícil da travessia.

Estrada Serra do Salto

Após o ‘vara mato’ chegamos a uma estrada de chão em péssimas condições. Essa estrada é a continuação da Estrada Serra do Salto, que sai da cidade de Carrancas via Rodovia 451 na bifurcação próximo ao km 18. Andamos por 5 km entre subidas e descidas, até encontrar o local de resgate da van. No total do dia de hoje andamos cerca de 10 km.

Em Carrancas almoçamos em um restaurante caseiro, tipo buffet livre. Nem preciso dizer que a comida estava maravilhosa (a comida mineira é uma das minhas paixões). Dali voltamos a São João del Rei onde pernoitamos na Pousada Rotunda, o mesmo que ficamos na vinda. Ótimas instalações, maravilhoso café da manhã e staff.

Impressões desse destino:

A travessia Itumirim x Carrancas (ou Rota Z) é pouco conhecida entre os trilheiros de São Paulo e Rio de Janeiro, mas com forte tendência de que nos próximos anos essa situação se reverta. A logística de chegada e saída da travessia é simples e fácil. Com um bom tracklog da trilha e GPS pode-se fazê-la autônomo. Grande parte da travessia utiliza estradas de servidão, entre propriedades particulares, por isso é fácil sair da rota certa e cair em uma vila. Eu e o Elio achamos a trilha com um nível bom, necessitando de um preparo físico mediano. Há bastante subidas e descidas suaves e pelo menos uma vez ao dia uma subida mais íngreme. Sobre a autonomia de água é necessário levar consigo cerca de 3 litros pois os pontos de água são um pouco distantes, principalmente no segundo dia.

Sobre os atrativos paisagísticos, infelizmente achamos a vista muito parecidas pelo caminho todo. Não há um atrativo exuberante que faça valer a pena a travessia. Andar pela crista da serra nos dá um ampla visão do vale, mas é monótono ficar horas vendo a mesma coisa. Uma ressalva são as formações rochosas, para quem gosta é um atrativo a parte. A trilha é ótima para treino de outras travessias mais exigentes, tanto no Brasil como na América do Sul.

Como sempre digo: trilhar, independente de onde seja, nunca é tempo perdido. O contato com a natureza nos renova e nos faz mais fortes para as situações do dia-a-dia. Por esses motivos é que sempre vale a pena…

Tem vlog desse dia. Ficou curto, pois estava bem desanimada… Meus pés estavam com bolhas devido ter que caminhar com as botas molhadas por 3 dias e isso me fez gravar menos o trajeto… 🙁

Veja todos os dias da Rota Z:

Dia 1 

Dia 2

Dia 3 e último – Esse post

 

4 comentários sobre “Rota Z Travessia Itumirim x Carrancas Dia 3

  1. Joel

    Conheço um pouco de Carrancas, queria pedalar por estes lados saindo de S. Tomé das Letras, por acaso a Rota z é possível fazer com montain bike?.

    1. Admin Autor da Postagem

      Oi Joel.
      Grande parte da trilha é possível fazer de bike. Alguns trechos você precisará carregar ela, mas são pequenos.
      Espero trer ajudado.
      Beijo
      Carla

  2. Manuel Nunes Lourenço

    Eita aventureiros “porretas” quando eu crescer quero imitar esta dupla magistral ( tenho só 80) e, como dizem a vida começa aos 40, tenho ainda muito chão para percorrer..Depois dos 65, quando me aposentei, já fiz muitas aventuras, travessia dos Andes de bike, 15 São Silvestres, 10 volta da Pampulha e, mais corridas no pé por todo o País, 2 caminhos de Compostela de bike, meias maratonas no Brasil, Portugal e Espanha, enfim, os travões estão desligados. Termino, pois não poço ensinar o Pai-nosso para Vigários dessa grandeza. Carinhoso abraço.

    1. Admin Autor da Postagem

      Oi Manuel!
      Estou sinceramente muito feliz com seu comentário e depois de conhecer sua trajetória através de seu relato fiquei ainda mais orgulhosa.
      Parabéns por sua disposição e obrigada pelo carinho.
      Grande beijo.
      Carla

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