Travessia Marins x Itaguaré (fast track)

Travessia Marins x Itaguaré

24 de setembro de 2016

Mais uma aventura na Serra da Mantiqueira. Pois é, gostamos mesmo daqui! Como já havíamos subido o Pico dos Marins e o Pico do Itaguaré, resolvemos fazer a travessia Marins x Itaguaré em 2 dias, também chamada de ‘fast track’ com o pessoal da Montanero Expedições.

A travessia inteira tem 13 km. Existe a possibilidade de fazê-la a noite, somente com mochila de ataque, em 12 horas. Mas preferimos acampar, por isso estávamos pesados. Eu carregava 11 kg e o Elio cerca de 15 kg. Nossa programação era no primeiro dia sair de Piquete (SP), início da trilha para o Pico dos Marins e dormir na Pedra Redonda, cerca de 6 km dali. No segundo dia ir até a base do Pico do Itaguaré e descer até Passa Quatro.

Marinzinho

Começamos a trilha as 9 h da manhã e como eu já previa foi bem cansativo, pois a trilha é a mesma para os Marins e desta vez eu estava carregada. Na Pedra da Baleia pegamos o desvio que leva até o Marinzinho. Muito trepa pedra, mas com vistas lindas dos Marins e do vale. Chegamos no topo do Marinzinho as 14 h.

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Travessia Marins x Itaguaré

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Os Marins

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Trepa pedra

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Descansando na pedra

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Desvio para o Marinzinho, até aqui foi a mesma trilha para o Pico dos Marins

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insta

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Marinzinho, Pedra Redonda e Itaguaré

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Pico do Marinzinho

A vista do Marinzinho é espetacular! De um lado você vê os Marins e do outro a Pedra Redonda e o Itaguaré. O dias estava limpo e podemos contemplar essas lindas montanhas por alguns minutos, pois já tínhamos que continuar!

Mais subidas tipo trepa pedra até a Pedra Redonda! Não dá tempo nem de descansar de uma subida que já vem outra! Eu sempre ficava para trás, pois meu ritmo em subidas é fraco. Quando encontrava a galera eles já tinham descansado e continuavam a subir. Isso para mim não é problema, pois não gosto de ficar muito tempo parada descansando, pois eu esfrio rápido e desanimo…

Pedra Redonda

Chegamos no cume da Pedra Redonda às 16 horas. A Pedra Redonda não é redonda, mas é linda. A vista lá de cima também é fantástica. Ver as costas dos Marins e o perfil do Itaguaré é lindo demais. Nosso acampamento era ali, mas o guia decidiu andar um pouco mais e ir para uma área maior onde coubessem bem todas as nossas barracas. Eram só mais 40 minutos, que viraram 1 hora… Chegamos no acampamento às 17h. Montamos as barracas, comemos pipoca, jantamos deliciosas pizzas feitas no fogareiro com um delicioso vinho. Tudo de primeira! Não fez muito frio a noite e dormi como uma pedra!

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Única parte com corda

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Pedra Redonda e Itaguaré

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Pedra Redonda, que não é redonda

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Pico do Itaguaré

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Entardecer

Itaguaré

25 de setembro de 2016

Acordamos cedinho e a cerração estava bem forte. O guia Natanael nos preparou um delicioso café da manhã e saímos às 8 horas. Fotografamos pouco pois com a cerração baixa não dava para ver muita coisa.

Nesse trecho do dia de hoje tem os piores e mais divertidos trepas pedras da travessia. Lugares que temos que passar engatinhando sem mochila nas costas, se espremendo entre rochas, pular fendas e passar por túneis apertados. Muitas risadas!

Às 10 horas chegamos na trilha que vai ao Pico do Itaguaré e descemos até a base. O tempo começou a fechar com nuvens pesadas de chuva e assim que a gente chegou na entrada da trilha ela caiu, abençoando os trilheiros e nossa aventura. Fizemos esse trecho em 4 horas e 30 minutos. A travessia total levou então 12 horas e 30 minutos, carregados e com uma noite de descanso no meio.

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Continuação da travessia Marins x Itaguaré

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Descendo o Itaguaré

youtube

 

Ah! Tem vlog desse dia da travessia Marins x Itaguaré:

Impressões da travessia Marins x Itaguaré:

Ai, ai. O que dizer? Bom, prefiro ser sincera e ser julgada do que mentir para vocês. No aspecto contemplação, não gostei de fazer essa travessia em 2 dias (fast track). Foi muito rápido e não tínhamos tempo nem para gravar o vídeo nem para tirar fotos boas. Se você visa contemplação, faça essa travessia em 3 dias que irá aproveitar mais. Mas no aspecto treino a trilha foi incrível. Minha massa muscular aumentou cerca de 1 kg depois dessa travessia. Minhas coxas, panturrilhas e até barriga ficaram com as dores da fadiga muscular, sinal que trabalharam bem. Ótimo treino antes de fazer uma alta montanha e testar seu desempenho físico.

Sobre a trilha em si, tem que ter um ótimo senso de navegação, pois como a maioria do caminho é feito sobre pedras, não há marcação pelo caminho. Ainda mais quando baixa a cerração, daí dá para se perder facilmente. Gestão da água: levei 4 litros só para uso pessoal e sobrou meio litro, mas confesso que economizei. Quando fizer novamente essa trilha levarei 5 litros.

Foi um orgulho para mim e para o Elio fazer essa travessia, pois é considerada uma das mais difíceis do Brasil (das mais frequentadas). Acompanhamos o grupo na medida do possível e fizemos no tempo convencional que os trekkers normalmente fazem. E isso é uma superação também! E superar-se é sempre incrível!

Veja por onde mais andamos nessa região:

Cume do Itaguaré

Acampamento no Pico Itaguaré

Pico dos Marins – bate e volta

14 comentários sobre “Travessia Marins x Itaguaré (fast track)

  1. Silvio alpendre

    No início achei estranho o peso das mochilas, mas tudo foi esclarecido quando chegou a hora do vinho. Kkkk
    O que mais adoro nessas trilhas é a sensação de fadiga acompanhada da de superação. Impagável.

    Beijos ao casal.

    1. Admin Autor da Postagem

      Oi Silvio, meu amigo!
      Ah! Entendeu então né? Vinho sempre é perfeito nessas noites na trilha, ao lado dos amigos! 😉
      Obrigada pelo carinho!
      Beijos

  2. Ricardo Fiorotto

    Excelente relato e fotos.

    Olá! Qual é o nome da propriedade inicial para iniciar a trilha até o Pico do Marins?
    Cobra-se entrada? E para acampar é cobrado também?

    1. Admin Autor da Postagem

      Olá Ricardo.
      Obrigada pelo comentário.
      O local não tem nome comercial, o pessoal chama de ‘Base dos Picos dos Marins’ e fica em Piquete SP.
      Não cobra-se entrada, mas se você chegar de carro cobrarão o estacionamento (cerca de R$ 10,00 por carro).
      Para acampar nesse local, próximo ao estacionamento, tem uma taxa de uso dos banheiros, mas como não ficamos ali, não sei o valor.
      Já para acampar nos Marins, não tem taxa, é gratuito.
      Espero ter ajudado.
      Volte sempre.
      Carla

  3. Bárbara

    Oi, pessoal! Onde encontraram esse mapa? Sinto falta de um com as curvas de nível, como esse.
    E o texto e as fotos ficaram ótimas, obrigada por compartilharem!

    1. Admin Autor da Postagem

      Oi Bárbara. Fomos com guia, infelizmente não temos o mapa com curvas de nível. Obrigada pelo comentário. Abraço!

  4. Eduardo Rezende

    Olá Carla e Elio..
    Olhá quem esta aqui novamente!!
    Farei essa travessia essa semana e nada como planejar e ver alguns relatos antes, e claro que quis ver o relato de vocês!!
    Um forte abraço pro casal, tudo bem bom amigos!!

    1. Admin Autor da Postagem

      Oi Edu! Tudo bem amigo? esperamos que sim.
      Essa travessia é top das tops. A mais difícil na minha opinião aqui no Brasil.
      Espero que o relato tenha te ajudado.
      Nos vemos em breve.
      Grande abraço.
      Carla

  5. Andy

    Muitooooo bom seu relato, explicativo, simples e objetivo.

    Realmente essa é a Travessia que todo montanhista brasileiro gostaria de realiza-la e ter no currículo, pois é a mais técnica do País.

    Parabénsssssss também por sua superação e não ter desistido de completa-la. Parabénssssss!!!!!!

    Em outubro irei realiza-la pela primeira vez,mas em 3 dias, seu relato serviu como base para saber o que eu irei encontrar pela frente, obrigado por compartilhar conosco.

    Abraços.

    1. Admin Autor da Postagem

      Muito obrigada pelo feed back. Comentários como o seu é que me inspiram cada vez mais a escrever e não desistir do blog. Valeu! Boa trip!

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