Açu à Pedra do Sino no PARNASO

Açu x Pedra do Sino na travessia Petrópolis x Teresópolis DIA 2

07 de julho de 2019

Alvorada no Açu

Acordamos cedinho no Abrigo do Açu, depois de uma noite muito fria. Eu não tinha levado meu saco de dormir (para carregar menos peso) e usei toda minha roupa durante a noite. Estava com 2 liners Extreme da Sea to Summit, meu cobertor de emergência e ainda na mesma cama que o Elio para me aquecer. E confesso que apesar de tudo isso meus pés não esquentaram em momento algum, na noite toda. Um cano que alimentava o abrigo com água potável chegou a estourar com o congelamento da água na madrugada. Imagine a friaca!

Antes mesmo de tomar o café da manhã fomos ver o sol nascer. O Elio e o pessoal subiram os Castelos do Açu para ver a alvorada. Eu, preguiçosa do jeito que sou, vi da frente do Abrigo do Açu mesmo. Estava lindo!

Tomamos nosso café da manhã, ainda dentro do abrigo e já saímos com o guia e amigo Felipe Lombardi e seu grupo. O dia estava lindo, com céu azul e sol. Que ótimo! Da outra vez começamos a pegar chuva desde a saída do Açu até o Sino. O dia prometia lindas fotos.

Morro do Marco

A primeira subida do dia é o do Marco. Lá em cima haviam placas de gelo nas poças de água sobre as pedras, confirmando uma das noites mais frias do ano. Nosso plano era ir até os Portais de Hércules, mas havia uma grande massa de nuvem na direção dos Portais que subiam com o vento e desapareciam próximo ao Morro do Marco.

Mesmo assim, o pessoal decidiu ir até os Portais e tentar a sorte. Preferi ficar ali mesmo esperando, pois minha esperança era nula. Dito e feito! Uma hora depois eles retornaram sem ter visto absolutamente nada.

Morro da Luva

Esse morro é a subida mais forte do dia de hoje, na minha opinião. Levamos 1 hora para subir, num ritmo bem gostoso e apreciando a paisagem. Infelizmente, as nuvens que vinham dos Portais de Hércules, estavam ficando mais densas e fortes, o que acabou trazendo uma nebulosidade intensa, nos impedindo de avistar perfeitamente o Garrafão e a Pedra do Sino.

Elevador

Descendo o Morro da Luva, após atravessar um caminho estreito de uma parede com uma cachoeira, vem o temido elevador. Parece que arrumaram alguns degraus que estavam ruins da última vez que estive aqui. Lembro que daquela vez senti falta de alguns ganchos o que dificultou minha subida. Dessa vez me pareceu mais fácil. Será que fizeram manutenção da via ferrata ou será que estou mais bem preparada? Boa pergunta!

Morro do Dinossauro

Nesse momento o dia fechou completamente. Não conseguíamos avistar 100 metros a nossa frente. Com a neblina vem o frio. O jeito foi tocar para frente e ver o que nos esperava adiante.

Pedra da Baleia

Descendo pelo outro lado do Morro do Dinossauro, vem a subida para a Pedra da Baleia. A subida é um pouco íngreme, mas mais fácil que o Morro da Luva. A vista abriu um pouco, mas era tão rápida a passagens das nuvens, que nem dava tempo de pegar a máquina para registrar que já estava tudo fechado de novo.

Mergulho

Ao descer o Morro da Baleia, vem o Mergulho, uma parede de pedra com altura de uns 5 metros, onde os 2 metros finais pode ser um pouco mais complicado. Já vi vários trilheiros descendo sem auxílio de cordas, mas como sou medrosa, prefiro a segurança delas.

Havia um grupo grande à nossa frente, então apertamos o passo para descer no Mergulho antes deles. O Felipe armou a corda e com a cadeirinha fui a primeira a descer. Jamais pensei que fosse ter coragem de fazer uma manobra dessas por primeiro, sem ver alguém indo antes. Tô orgulhosa dessa minha coragem repentina. Tudo bem que eu já tinha feito antes essa trilha e sabia que não era tão perigoso assim.

Cavalinho e Coice

Alguns minutos depois do Mergulho vem a parte mais temida dessa travessia na minha opinião (pelo menos era até esse momento): o Cavalinho. Da outra vez fiquei quase 5 minutos para conseguir subir. Naquela época, eu estava com medo, estava chovendo e a pedra base estava escorregadia, e a guia me disse para subir de mochila nas costas, o que na minha opinião foi uma péssima decisão. Jurei que quando retornasse a fazer esse trekking, subiria o cavalinho sem mochila nas costas.

O guia Felipe subiu primeiro, armou as cordas, PASSEI MINHA MOCHILA PARA ELE, me conectei a corda e subi num piscar de olhos. Quando pensei que ia fazer força para subir, já estava lá em cima. Que incrível!!!!! Fiquei muito feliz com minha progressão. O Coice, já tinha sido fácil da outra vez, e desta vez foi tão tranquilo quanto.

Cavalinho

Pedra do Sino

Depois do Cavalinho e do Coice, a trilha segue numa encosta de pedras, com escadas de ferro, escalaminhada e trechos de floresta até a bifurcação para a Pedra do Sino e o Abrigo 4. Como o tempo tinha fechado de vez, resolvemos ir direto ao Abrigo 4.

Abrigo 4

Assim que chegamos fomos direto ao nosso quarto, nos higienizamos como deu, já que não tinha banho quente disponível, e lá pelas 18:30h jantamos uma deliciosa comida feita pelos guardas parques por R$30,00 por pessoa. Se quiser essa mordomia, reserve antes com antecedência, vale muito a pena.

A noite não estava tão fria como a anterior, resolvi dormir sozinha na cama, bem mais confortável. Depois de um gostoso papo com a galera na cozinha, fomos descansar.

Veja o vlog desse dia:

Veja o vídeo do Felipe Lombardi do Drone Aventura dessa aventura:

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