Vulcão Lascar no Atacama

02 de janeiro de 2018

Laguna Lejía

Acordamos super cedo e o pessoal da pousada Mamatierra nos preparou um delicioso lanche para levar, pois antes das 5 horas da manhã o guia Christian da Vulcano Expediciones já estava lá para nossa aventura de hoje: Vulcão Lascar.

Foram mais ou menos 3 horas de viagem de carro, boa parte em estrada asfaltada, apenas o trecho final em estrada de chão sob condições questionáveis. Acho que um carro sem tração não chegaria lá.

Pelo caminho, pudemos ver o que a chuva da noite anterior nos proporcionou: uma linda paisagem nevada, coisa rara nessa época do ano. As 7 horas da manhã chegamos na Laguna Lejia, onde tomamos nosso delicioso café da manhã, preparado pelo guia.

O nascer do sol foi de tirar o fôlego!

Subindo o Vulcão Lascar

Saindo da laguna, andamos de carro por mais meia hora. Fomos até onde a ‘estrada’ nos deixou subir. Isso deu mais ou menos 5.050 m de altitude, pois o chão estava bem escorregadio, devido a neve.

Ao sair do carro percebi o quanto estava frio. Mas como sempre me aqueço caminhando, achei melhor partir só com minha calça legging (Race Compress da Curtlo) achando que ia dar conta. Mas o vento cortante me fez, logo nos primeiros 15 minutos de caminhada, colocar por cima da minha legging uma calça corta vento impermeável. Daí sim consegui me aquecer de verdade. A temperatura que estava marcando no termômetro era de -3ºC, mas a sensação térmica deveria estar bem inferior.

Subimos  muito devagar (muito mesmo) tanto que meu frequencímetro não passou dos 113 batimentos por minuto (em caminhadas fortes chego a 150 bpm). Sim, para mim e o Elio essa caminhada era de aclimatação, já que nos dias seguintes subiríamos o Vulcão Aucanquilcha, de 6.177m de altitude. Já para os demais clientes desse dia (dois rapazes e uma garota), seriam sua primeira montanha na vida (muitas pessoas fazem isso, pois o caminho até o Vulcão Lascar é tranquilo e fácil, apesar que no final do ano passado um médico cardiologista baiano enfartou e veio a falecer nesse ‘passeio’).

Cratera do Vulcão Lascar 5.500m de altitude

Chegamos na cratera principal em 2:50 h, tempo tradicional de subida nessa montanha. Estávamos a 5.500 m e o cume estava a 80 m a nossa direita, mas preferimos ficar na cratera principal, já que a vista mais bonita do vulcão era ali. No fundo do vulcão não tem lava. São rochas super aquecidas, sem a presença de lava. Fiquei triste, pois como esse vulcão é ativo (última erupção foi em 2006 e em 2015 quando estivemos aqui não pudemos fazê-lo pois estava ‘nervoso’ e fumegante), pensei que veria pelo menos um pouco de rocha derretida em brasa.

A cratera do vulcão tem cerca de 250 m de profundidade, 300 m de largura e 500 m de comprimento. Uma cratera bem grande mesmo. O cheiro de enxofre estava bem forte e quando batia um vento contra, o cheiro impregnava no ar, mesmo com já pouco oxigênio naquela altitude. Mas eu e o Elio estávamos super bem.

Ficamos ali por 30 minutos (tempo limite para ficar em ambientes com presença de enxofre) e começamos a descer. A descida foi mais rápida. Descemos em 1 hora.

 

Cratera principal do Vulcão Lascar

Já no carro, fizemos mais um lanche e voltamos a San Pedro de Atacama, por mais 3 horas de estrada.

Bom, para aqueles que estão acostumados com alta montanha, a subida do Lascar é bem tranquila. Para aqueles que o fazem como sendo sua primeira montanha, talvez sofram um pouco.

Nos próximos posts, nosso relato do nosso primeiro 6k. Aguardem!

Ah! Tem vlog desse dia:

Veja a aventura completa nesse menu:

Dia 1 – Pukara de Quitor

Dia 2 – Travessia Salar de Uyuni primeiro dia  Saindo de San Pedro de Atacama

Dia 3 – Travessia Salar de Uyuni segundo dia

Dia 4 – Salar de Uyuni: alagado

Dia 5 – Piedras ojas e Lagunas Altiplanicas

Dia 6 – De bike no Valle de la Muerte em San Pedro de Atacama

Dia 7 – Vulcão Lascar 5.500m (esse post)

Dia 8 – Base do Vulcão Aucanquilcha em Ollague

Dia 9 – Subindo o vulcão Aucanquilcha 6.177m

4 comentários sobre “Vulcão Lascar no Atacama

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